segunda-feira, junho 09, 2008

A actriz da escrita

Impregnas-me de inquietude até à alma,
Uma necessidade absorta e abrupta…
De cantar, dançar, gritar
Ao universo, repleto de mundos paralelos ….
Vontades bem próprias de cada mundo.
Cegas à compreensão do próximo.
E por vezes, até mesmo intolerantes com o mesmo
Sou um vulcão, onde transbordo
Sentimentos sentidos,
E outros pensados,
Que penso, que os sinto tão bem
Como se fosse eu própria a sentir.
Na verdade sinto
Por breves momentos, mas sinto…
No entanto confesso, são mais pensados
Do que sentidos ….
Sou como uma actriz da escrita,
Tenho que os sentir ou pensar que os sinto,
Para que os possa escrever.
Não importa, se não seja eu que os sinta
O que verdadeiramente interessa,
É que sejam sentidos na sua essência
E eu uma mera actriz da escrita,
Transcrevo sentimentos, emoções ….
Em palavras, frases ….
Por vezes banais …tão banais talvez como estas….
No entanto, sacio este meu vício que me corrói
Até ao infinito do espírito …Este vício, que é a…. Escrita

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2 Comments:

Blogger O Profeta said...

Sublime a tua escrita...pintas com as palavras...


Doce beijo

8:53 da tarde  
Blogger Miguel Cruz said...

Bom poema como ja nos vem habituando, realmente o poeta é um actor da escrita, exprimir sentimentos que muitas vezes não são seus, aí sim vê-se a qualidade de um poeta e tu tens-la. Parabéns!

11:22 da manhã  

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