sexta-feira, agosto 15, 2008

lamento ar errante ...


Estou sozinha, deprimida no meu canto, refugiada. Olhando a noite através de uma janela. Sem pudor, pulo pela janela, sem pensar, dou asa ao meu ser e voo, como nunca tinha voado! Não me limitando ao vazio, ao orgulho por vezes ferido desta gente. Aventuro me por oceanos e desertos autênticas raridades de humildade, caridade, e não de gente fúteis e superficiais.
Ate que … voo… e encontro me perdida, mas o deleite de ir ao encontro do desconhecido é mais forte, maior! Sinto o frio vento assobiando, acompanhando o amanhecer e o chilrear dos passarinhos e a liberdade desejada e temida em variadas situações… lutando dia-a-dia de garra e bico, pela sua sobrevivência! Acompanhei-os nos seus bandos, voei até a mais alta nuvem, porem, por fim, entendi que eu não pertencia aquele bando. Aqueles ares não me pertenciam. Cabisbaixa, voei de volta para o meu canto, pulei a janela e disse olhando o céu ainda cheio de neblina: lamento ar errante, por não pertencer ao teu ar! Porem de repente acordo deste sonho. Dirijo me para a janela, olho o céu e já amanhecendo, vejo e ouço os pássaros a voar e a cantar, soletrando: lamento ar errante!

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